sexta-feira, 13 de abril de 2012

RELACIONAMENTO CONJUGAL

RELACIONAMENTO CONJUGAL
Duas instituições foram criadas por Deus: o lar e a igreja. A primeira objetiva proporcionar ao homem uma experiência tranquila e ditosa na terra, e a segunda, conduzi-lo a um lugar seguro e feliz no céu.
clip_image002O elemento mais importante -"num lar cristão é o amor, na sua completa interpretação. Não só um sentimento de atração e desejo (éros), como também um sentimento de amizade e companheirismo (Philía), é a forma do amor divino que o apóstolo Paulo descreve no capítulo 13 de sua Primeira Carta aos Coríntios como amor racional, proposital e espiritual, que dá de si mesmo, sem esperar nada em troca (ágape). Tenhamos em mente que é Deus quem santifica nosso desejo e nossa amizade, tornando-nos úteis e preciosos. Lembremo-nos que o amor maior (ágape) cura feridas e mágoas, dissipa anseios, acaba com ressentimentos e rancores.
É este amor que nos torna íntegros, capazes de perdoar, revelar e esquecer. O verdadeiro amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade;" (I Cor. 13:4-6).
clip_image003Quando os noivos estão certos de que realmente foram feitos um para o outro e que Deus aprova a união, deve marcar a data do casamento. O comportamento do casal nos dias de núpcias é importantíssimo. Um cônjuge só é feliz quando pensa em fazer a felicidade do outro. Se alguém vai se casar pensando apenas em seu bem-estar, vai errar e infelicitará o outro. A felicidade familiar é construída tijolo a tijolo, dia após dia, no relacionamento conjugal. É preciso que as duas personalidades se harmonizem.
Terminada a viagem de núpcias, a maioria dos casais passa por uma crise que consiste na descoberta, um por um, dos defeitos do outro. Ninguém é perfeito. É através da compreensão recíproca e concessões mútuas que se alcança a verdadeira ventura no casamento.
Discórdia Aos poucos os parceiros vão chegando à realidade... Ele chega em casa cansado e ela quer sair para passear. Ele entra em casa com os sapatos sujos e ela o censura encolerizada. Ele liga a televisão para assistir um determinado programa, ela quer assistir a outro... São pequenas coisas do quotidiano que marcam a vida do casal. Cada um terá de ir aceitando o outro, procurando corrigir, mas com amor, até ambos chegarem a um estado de equilíbrio. A felicidade consiste em se aceitar a realidade e procurar se adaptar a ela. O verdadeiro amor fará com que o marido não deixe na sala os sapatos, porque a mulher não gosta disso; e fará com que a mulher renuncie aos muitos passeios por amor ao marido.
Não podemos admitir que num lar cristão, regido pelo amor, e em comunhão com o Espírito Santo, o marido ataque a mulher com palavras grosseiras e agressões físicas; ou a mulher fique a irritar o marido com ciúmes doentios ou atitudes frívolas. Ninguém magoa a sua própria carne. No lar, é imperioso haver intimidade com respeito mútuo. Não havendo respeito, a sociedade conjugal se desmorona com facilidade.
clip_image006O ciúme doentio tem base na desconfiança e num sentido de inferioridade. O ciumento não confia em si mesmo para manter o amor do ente querido e pensa que os outros lhe são superiores e vão roubar-lhe o cônjuge. Esse ciúme pode originar-se na vida regressa da pessoa. Pode nascer entre irmãos e pode ter sido cultivado no lar, por predileções e comparações inoportunas. Sabemos que, por volta dos 3 ou 4 anos, desenvolve-se o chamado Complexo de Édipo: as meninas preferem o pai e os meninos ficam com ciúme da mãe. Um ciúme infantil exagerado pode ficar enraizado no inconsciente e reaparecer muito tempo mais tarde, no casamento. Certas manifestações de ciúme são tão absurdas, que seus possuidores precisam ser tratados como doentes mentais. É preciso identificar o zelo pelo que amamos e rejeitar o ciúme doentio.
Duas pequenas coisas concorrem para um ambiente desagradável dentro do lar: mau humor e grosseria.
A Bíblia ensina que em tudo devemos dar graças. Agradecer a Deus pelo belo dia de sol e pela chuva tempestuosa; dar graças pela abastança e pela falta de dinheiro. A resmungação e a falta de bom humor são o inverso da ação de graças. E passar o dia todo - homem ou mulher - reclamando, protestando e resmungando por pequenas coisas, amargura a vida de qualquer mortal. Em geral, os casamentos terminam por causa de pequenas amarguras acumuladas... Uma palavra dura ou irada durante o café, na mesa, pode resultar numa catástrofe.
Outra virtude a ser cultivada no lar é a ternura. A ternura é a virtude que deveria ser incutida na criança desde a mais tenra idade. Mas, para isso, os pais precisam cultivá-la entre si, no relacionamento diário. A ternura no lar - não uma falsa pieguice - é capaz de mantê-lo harmonioso, feliz, e plasmar nos filhos, cuja personalidade está sendo formada, um sentimento de bem estar e segurança, que vai perdurar pela vida. Um lar onde, mesmo na hora de repreensão e do castigo, a ternura domina todas as ações, forma uma sociedade estável, sem rancores e sem guerras.
Para nós, crentes, o apóstolo Pedro escreve: “Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento; e, tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade, porque sois, juntamente, herdeiros da mesma graça de vida, para que não se interrompam as vossas orações." (I Pedro 3:7). “... Tratai-a com dignidade..."; isto é, conhecendo sua natureza e anseios. O principal que o homem deve conhecer em sua mulher está neste versículo. A mulher é um vaso frágil fisicamente; não mental ou espiritualmente. Ela é a "parte mais frágil". Ela é, somaticamente, mais vulnerável, precisando da fortaleza do homem. Ela depende do marido. A tarefa masculina é mais proteger, enquanto a feminina é mais adaptada por Deus para criar filhos e propiciar para eles e o esposo calorosa afeição e meigos cuidados. As mulheres estão mais sujeitas a súbitas transformações emocionais; daí Deus quer que os maridos as tratem com honra, com todo o entendimento.
base-04 A primeira responsabilidade do marido cristão é "amar a sua mulher como Cristo amou a sua igreja''. A mulher é parte do homem na sociedade doméstica. O homem deve amar a sua mulher como parte de si mesmo. Amor ágape, que dá, que se sacrifica, sem esperar pagamentos.
O marido, como cabeça da família, tem a solene obrigação de estabelecer uma atmosfera de amor e tranquilidade no lar; a mulher, com sua submissão voluntária, colabora com esse clima de felicidade. O amor também significa ajuda. Há marido que vê seu lar como castelo, onde ele é o rei. A tarefa de sua mulher é provê-lo de todo o conforto e evitar toda circunstância desagradável. Ele se põe, com toda a majestade, na sala de estar, senta-se como um soberano na poltrona, empolga-se em suas leituras prediletas, vê televisão, enquanto sua mulher deve dedicar-se na limpeza da cozinha, na arrumação da casa, na supervisão dos deveres escolares das crianças e na colocação delas na cama para dormir. Auxiliando a mulher quando necessário, nos serviços caseiros, o marido estará dizendo-lhe: "Eu te amo!"
Inúmeras vezes, na Bíblia, a responsabilidade primeira do marido para com sua mulher é ressaltada (amá-la); há referência quanto à mulher amar também o marido (Tito 2:4); mas sua principal responsabilidade como mulher, é obedecer a seu marido. Obediência envolve submissão. E submissão ao marido é, realmente, submissão ao Senhor. Se a mulher acha que o marido não merece sua submissão, deve subordinar-se a ele por amor ao Senhor. Dizem os entendidos que, mesmo nestes dias de emancipação feminina e do Movimento da "Libertação da Mulher", a mulher só se sente realizada unida ao amor do homem.
Quando a mulher ridiculariza seu marido ou o compara, desfavoravelmente com outros, ela não o está respeitando. Em determinadas condições não é fácil, mas o Senhor manda. É a sua Palavra. E dá certo! Quando um homem sabe que tem uma mulher que o admira, que nele confia, que o estimula, ele se lança com denodo e satisfação à luta pela vida.
Pelo texto de I Pedro 3:1, a mulher deve obedecer ao marido, crente ou não crente, para que, pelo seu testemunho, este seja levado aos pés do Redentor. Deus assegura que a submissão da mulher é a chave para levar um marido incrédulo a Cristo. Sem renunciar os seus princípios cristãos, a mulher deve mostrar a seu marido que o respeita, admira e depende dele.
A mulher deve vestir-se e apresentar-se bem. Uma jóia, uma atraente maquiagem, e o cabelo ajeitado, muito ajudam. Mas o apóstolo Pedro nos fala - e com razão - que a beleza interior é mais importante que os adornos: a real beleza que procede de um coração quieto e manso, de um coração redimido pelo sangue de Cristo.
Uma das coisas mais sublimes do mundo é o amor envolvendo, em todos os momentos, o coração do marido e da mulher. Ele extravasa, alcançando os filhos, filhos dos filhos, os amigos e até os vizinhos. Quando a mulher diz ao marido - "Você está me devendo a quantia de “X” reais" - ele deve responder: "Dinheiro, não; devo-lhe amor". O apóstolo Paulo ensinou: "A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor com que vos ameis uns aos outros..." (Rm. 13:8).
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